Friday, July 21, 2006

Andrew Lloyd Webber



BIOGRAFIA
Andrew Lloyd Webber nasceu no dia 22 de março de 1948, em Londres. E seus primeiros passos foram dados ao som de música: seu pai, William Lloyd Webber, e sua mãe, Jean Hermione Lloyd Webber eram músicos e professores de música (seu pai também era maestro). Logo cedo, ele e seu irmão mais novo, Julian, aprenderam a tocar instrumentos. Enquanto Julian se tornou violoncelista, Andrew se dedicava às lições de violino - um presente que ganhou quando tinha apenas 3 anos de idade. Em seguida, aprendeu a tocar piano e trompete. Cercado de partituras e instrumentos desde pequeno, não é à toa que, com só 6 anos, a criança já inventava umas músicas, preferindo tocar as suas próprias "partituras" em vez das lições contidas nos métodos musicais. Aos 9 anos, compôs sua primeira música. A maior culpada pela introdução de Webber ao mundo dos musicais foi uma tia sua: apesar de não ser muito rica, ela sempre o levava às grandes peças que passavam na Broadway na época, como My Fair Lady e West Side Story. Na escola, já fã de teatro musical, Andrew começou a compor ele mesmo as músicas das peças estudantis. Terminando o colégio, chegou a hora de entrar na faculdade - mas ele não chegou a concluir um ciclo, já que sabia que o que realmente queria era compor. Foi por esse tempo que o compositor conheceu Tim Rice, que seria seu companheiro no início de carreira, como letrista de suas primeiras e mais bem-sucedidas composições. Quando se conheceram, Lloyd e Rice só escreveram algumas músicas pop, e, com respectivamente 17 e 21 anos, fizeram um musical, chamado The Likes of US. Mas esse ficou só no papel, não chegou a ser representado, apesar de um estudante de teatro da Universidade de Oxford, onde estudavam, ter pensado em comprar os direitos dessa peça - já com delírios de grandeza, a dupla dinâmica dos musicais recusou a proposta, porque queria alçar vôos maiores: já sonhavam com Broadway e West End (paraísos do teatro de ótima qualidade, em grande parte musicais). E isso não demorou muito a acontecer. Por um tempo, os dois compuseram outras músicas juntos, mas nenhuma com garantia de sucesso: Tim Rice se interessava mais por músicas pop, enquanto Andrew Lloyd Webber preferia seus tão queridos musicais. Finalmente, o destino da dupla pendeu para o lado de Webber, através de Alan Doggett, o diretor de uma pequena escola de música de Londres. Já conhecido de Andrew e sabendo de seu talento musical, ele pediu para que ele compusesse alguma música de tema religioso para terminar um concerto. Foi aí que Tim e Andrew foram pesquisar algum tema na Bíblia e voilà: dois meses depois, uma versão ópera-rock de 15 minutos da história de José e seus onze irmãos. E, claro, na visão sempre diferente de Andrew Lloyd Webber: religiosa, mas nem um pouco convencional. Depois, esse pequeno trecho acabou virando um musical de duas horas de duração, que alcançou as graças do pessoal da Broadway, e foi parar em palcos dos Estados Unidos e da Inglaterra, em 1968, quando Andrew tinha apenas 19 anos. Com as portas já abertas, tudo ficou mais fácil, e, três anos depois, Tim Rice e ele apareceram com mais uma peça, novamente baseada em uma história bíblica: "Jesus Cristo Superstar", que foi um grande sucesso, e ganhou uma versão para o cinema, anos depois. Querendo mudar de ares, Lloyd Webber resolveu mudar de letrista, e convidou Alan Ayckbourn para ser seu novo parceiro em um novo musical, chamado Jeeves (que foi montado novamente tempos depois, com o nome By Jeeves), que foi um fracasso. Assim, Tim Rice e Andrew Lloyd Webber voltaram a trabalhar juntos novamente, em um novo musical: Evita, outro grande sucesso que, assim como "Jesus Christ Superstar", foi lançado primeiro como um cd, que vendeu bastante, depois foi montado como peça musical, e, depois, foi parar no cinema. Esse foi o último trabalho da dupla Tim Rice e Andrew Lloyd Webber, que, por diferenças pessoais e profissionais, deixaram inclusive de se falar.
Em 1981, nasceu o maior sucesso de Andrew Lloyd Webber: Cats, que conseguiu superar os seus outros sucessos (que já eram bem-sucedidos o suficiente). Foi baseado em um poema de T. S. Eliot sobre gatos, que, diga-se de passagem, não tinha história alguma. A viúva de Eliot forneceu a Webber uma parte não publicada do poema, que continha a história de uma gata maltratada pelos outros felinos. Cats conseguiu bater os recordes de musical que ficou mais tempo contínuo em cartaz e de mais lucrativo de todos os tempos. Após 20 anos de apresentações praticamente todas as noites, o musical saiu dos palcos durante algum tempo pela primeira vez, em 2000, depois de ter tido 7485 apresentações.
Em 1984, Andrew mudou um pouco seu estilo e compôs um réquiem (no sentido musical, réquiem é uma missa de finados), em memória de seu pai, que morrera em 1982. Surpreendentemente, essa "música religiosa para finados" fez um enorme sucesso nas rádios, e ganhou até um videoclipe.
De 1984 até agora, o compositor ainda trabalhou em mais 9 peças - dessas, apenas duas se destacaram: "O Fantasma da Ópera", de 1986, e sua mais recente, The Woman in White, que estreou ano passado, e já está alcançando boas críticas e público.
OUTRAS INFORMAÇÕES
- Em 1992, Andrew Lloyd Webber virou Sir Andrew Lloyd Webber, por seus feitos na arte e cultura.
- Foi casado três vezes: com a Sarah Jane Tudor Hugill, com a Sarah Brightman (com quem ficou junto durante seis anos. Ela fez parte do elenco de alguns musicais dele, incluindo o papel título de "O Fantasma da Ópera" no teatro). Hoje, vive com Madeleine Gurdon, e tem 5 filhos - o mais velho com 27 anos, e a mais nova com 8).
- Suas influências musicais são muitas, e variam de Beatles a compositores clássicos e pop moderno.
CONCLUINDO...
Andrew Lloyd Webber é praticamente o único compositor regular de peças musicais da atualidade. Ao todo, desde o início de sua carreira, no fim da década de 60, são 14 peças musicais. O Fantasma da Ópera é uma delas, e a terceira de Andrew Lloyd Webber a ser adaptada ao cinema (antes, também viraram filmes Evita e Jesus Cristo Superstar). Além disso, outras obras importantes marcam sua carreira: as trilhas sonorasdo filme Gumshoe, de Stephen Frears (1971) e O Dossiê de Odessa (1974). O compositor, tímido por natureza, não segue modismos nas suas composições e não compartilha do pensamento de alguns músicos que se dizem "modernosos" e acham que bons compositores não podem correr atrás de público. Pelo contrário, sempre procurou incentivar as grandes audiências a ver seus espetáculos - e isso, mesmo (e principalmente) depois que ele já tinha se estabilizado nesse mercado, ganhando dinheiro suficiente para, se quisesse, ter se tornado mais um desses músicos "modernosos". E esse pensamento não é nada novo: Verdi e Puccini (dois grandes compositores de óperas) ofereciam lanchinhos gratuitos e outras regalias para as grandes multidões que iam ver suas obras, atraindo mais público do que o normal. E não por isso suas músicas não tinham qualidade. Ao menos, pelo que demonstra em entrevistas à imprensa, Andrew Lloyd não tem nenhuma fórmula mágica para compor peças de sucesso. Ele é, como diriam em sua terra natal, um "lucky bastard" (ou, em português, um desgraçado sortudo). Suas primeiras peças foram um sucesso tremendo, e as mais recentes, embora não tenham ficado tão famosas assim, carregam o seu nome, o que já é algo muito bom. Numa entrevista com Dennis Polkow, o compositor britânico comentou que se, de propósito, sentasse para escrever algo totalmente comercial, para vender milhões de cópias; ou algo totalmente feito para agradar aos críticos, nenhum dos dois daria certo.
Visite o site oficial de Andrew Lloyd Webber: www.reallyuseful.com

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Gosto muito dele também, sabia que ele tem uma estrela na calçada da fama? Muito legal. E ele também é o criador de Fantasma da Ópera, outro musical que eu adoro!
Bjs .x

11:50 AM  

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